27.3.08

cassie - thirsty

coisas que irei sempre aprovar: saques da ‘my boo’, sobretudo com um toque de sleaziness à ‘six eight’. isto é tipo a atitude desafiante de ‘me & u’ filtrada pela candura teenage love affair de 'ditto' e 'is it you'. support cassie.

18.3.08

usher ft young jeezy - love in this club

o que o polow disse relativamente a uma das outras músicas que produziu para o usher podia aplicar-se com facilidade à 'love in this club'. esta sempre me deu uma impressão voyeristica, especialmente com aqueles heys de apoio no refrão. e se a abordagem do polow ao trance-rnb é, no mínimo, um minar das expectativas, serve pelo menos para mostrar o quão benéfica é a ausência do nonsense do timbaland. (uma dúzia de audições depois, ainda não sei se gosto da 'dat girl right there')

por falar nisso, não me importei com uma das contribuições do danja para a banda sonora do step up 2, 'impossible' de alguém que se chama bayje. uma voz feminina e mais bpms (ou a impressão de) são uma coisa boa para este tipo de som (por muito que o álbum novo das danity kane tente provar o contrário).

13.3.08

nivea – i might

toda gente está falar da nivea mas parece que ninguém reparou que ela tem uma canção nova, primeiro sinal de actividade desde ‘nobody’, releitura de ‘don’t matter’ do akon, há cerca de um ano. ‘i might’ é a primeira manifestação feminina significativa do mundo pós-‘sensual seduction’* e a revelação de uma faceta desconhecida de nivea. em todos estes anos de cronista relacional, os relatos de infidelidade passavam pelo pedido de perdão (‘have mercy’) ou existência de algo tão elementar que não havia outra hipótese (‘parking lot’). aqui, ela é quase, hum, predatória? better play your cards right because i might take your man. contudo, admite que i'm not usually down for homewrecking. é esta a verdadeira nivea de que ela estava a falar**?

*que tem sido bastante prolífico, mas depois da ‘all that money’ do young dro mais ninguém se devia dar ao trabalho (embora seja injusto reduzi-la a um produto da ‘sensual seduction’). é o tipo de coisa que me faz recorrer a hipérbole desnecessária por isso vou só dizer que duvido que vá ouvir uma canção melhor este ano.

**o divórcio foi provavelmente pelo melhor. culpo o the-dream pelo desastre que foi o animalistic (mesmo que ‘georgia’ seja por vezes a melhor música dela). também matou a minha curiosidade pelo love/hate porque estava à espera que a nivea andasse pelo disco (acabei por ouvi-lo e gostar, de qualquer forma).

10.3.08

matéo - produce me

kudos pela meta-esperteza tipo 'make me a song' da kiley dean mas pela perspectiva oposta, com pilhagem da 'i'm n luv (wit a stripper)' do t-pain pelo meio.

8.3.08

timbaland ft keri hilson & nicole scherzinger – scream

também não sei como é que de repente isto passou a ser bom. o facto de aparecer a mais de meio do shock value não ajudava. da única vez que me forcei a ouvi-lo de uma ponta à outra, quando lá cheguei já tinha os ouvidos dormentes de tanta mediocridade. não sendo um feito especialmente notável, ‘scream’ consegue ser o melhor single de shock value (e a não ser que ‘miscommunication’, o único momento verdadeiramente memorável do álbum, o venha a ser, não vai haver melhor) e mesmo sendo ridículo, o melhor vídeo (uma das razões pela qual ‘give it to me’ foi tão ofensiva foi o esforço nulo investido no vídeo). como última tentativa de gerar interesse na carreira a solo de nicole scherzinger (lol potencial de estrela*) podia ser pior. na realidade, possui uma certa urgência e ouvindo no youtube, a bateria merdosa do danja é menos intrusiva. não sei, só queria uma desculpa para postar uma imagem da nicole com uma balaclava.

*é uma pena a coisa não ter resultado. ‘whatever u like’ eventualmente revelou-se como algo maior do que inicialmente aparentava e ‘super villain’ deveria ter tido a hipótese de ser single.

7.3.08

wiley – wearing my rolex

se por uma lado é admirável que wiley tenha ido completamente 4x4, ‘wearing my rolex’ perde para ‘i’m goin out’ no sentido em que a maior subtileza desta última torna a chegada da batida no refrão ainda mais impressionante. serve pelo menos para colmatar a ausência da malha funky house que o dizzee tinha prometido para maths + english (houve a óptima rmx do dj q da ‘flex’), mesmo que agora o wiley fique na mira do durrty goodz. é interessante também porque narrativamente pode ser vista como a prequela de ‘i’m goin out’. e se nada disto é garantia da qualidade do álbum que aí vem, já é suficiente para me questionar se preciso de voltar a ouvir o playtime is over ou o da 2nd phaze outra vez na minha vida.